terça-feira, 5 de maio de 2015

Orquídeas Cymbidium


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     Os Cymbidium são originários do continente asiático, de países como a China, Índia, Sri Lanka, Nepal, Malásia, Filipinas ou Vietname e ainda algumas espécies são encontradas na Austrália. As plantas são constituídas por pseudobolbos de tamanhos variados e forma oval de onde saem folhas eretas e finas lembrando espadas curvadas e com uma dobra longitudinal ao centro da folha. As folhas são decíduas, permanecem na planta durante dois a quatro anos. Depois desse tempo secam e caiem deixando um pseudobolbo que parece estar seco. Não é verdade, esses pseudobolbos, se estiverem robustos são úteis à planta como reserva de água e nutrientes. Não devem ser arrancados. As raízes dos Cymbidium são grossas e muito absorventes. Sendo epífitas ou semi-terrestres, as raízes servem para captar a água e nutrientes e também para fixar a planta no local onde vive, um ramo, um tronco, uma rocha ou no solo, junto às raízes das árvores. 

     Estas orquídeas gostam de temperaturas temperadas, idealmente entre os 14 e os 28 graus mas sobrevivem facilmente a temperaturas mais baixas desde que protegidas da chuva e geada e temperaturas mais altas, num local sombreado e com boa circulação de ar. Gostam de boa luz mas filtrada, sem sol direto nas horas de mais calor e gostam de vasos pequenos e altos. Preferem estar apertadas num vaso do que num grande espaço. O substrato deverá ser bastante poroso, uma mistura de casca de pinheiro, fibra de coco e leca em partes iguais é o ideal. Existem no mercado terras para orquídeas já preparadas mas muitas vezes temos que acrescentar mais casca de pinheiro. O substrato deve proporcionar uma boa drenagem para evitar acumulação de água nas raízes que pode causar o apodrecimento da planta. As regas poderão ser semanais, convém não manter as raízes sempre molhadas para as deixarmos respirar. De duas em duas semanas devemos juntar um fertilizante rico em Azoto para estimular o crescimento da planta, no final do Verão estas orquídeas devem ser colocadas num local mais fresco e devemos mudar para um fertilizante rico em Fósforo e Potássio para estimular a floração. No Outono, na base dos pseudobolbos, começam a aparecer as hastes florais que podem crescer na vertical ou cair em cachos de flores pendentes. Cada haste pode ter várias flores, dependendo da espécie, e as flores têm a anatomia típica das orquídeas, três sépalas, duas pétalas e um labelo (que não é mais do que uma pétala modificada geralmente com uma forma e cor diferente das restantes pétalas). Os dois sexos estão fundidos numa só estrutura que se denomina de coluna. 

     Os Cymbidium são as orquídeas preferidas dos portugueses porque se podem cultivar facilmente no exterior, num jardim ou numa varanda. Os melhores resultados são obtidos com plantas em vaso e em locais protegidos do sol forte, da chuva e de geadas. Existem milhares de híbridos no mercado que fazem as delícias de qualquer colecionador. As diferentes formas, cores e tamanhos das flores dos Cymbidium tornam-nas muito procuradas. Todos os anos aparecem novidades no mundo dos Cymbidium. E para quem gosta destas orquídeas, nunca são demais.

José M. M. Santos
Clube dos Orquidófilos de Portugal

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